Author Archives: Jose Luis Fodra

O Impacto da Gestão de Pessoas na Produtividade

O que sua empresa tem a oferecer?
Por que alguém vai querer trabalhar para você?
Por que alguém vai buscar fazer o seu melhor na sua organização?

Estas perguntas tiram o sono de muitos administradores e empresários. Qual o impacto da gestão de pessoas na produtividade?
Por que alguém vai querer trabalhar na sua empresa e não na empresa ao lado (ou no concorrente)?
Por que alguém vai se esforçar para fazer o seu melhor ao invés de simplesmente fazer o mínimo?
Por que há tanta rotatividade?
Salários e benefícios podem funcionar como boas “iscas”, mas não se sustentam sem algo a mais que faça realmente valer a pena.
O que você tem a oferecer para que as pessoas caminhem com você?
Atraia, selecione, integra e treine, acompanhe e desenvolva, faça desligamentos humanizados… Este é seu jardim!

Posted by Quadrantes Performance Humana e Organizacional on Segunda, 1 de junho de 2015


Gerenciando Além dos Resultados

Com muito esforço o resultado foi atingido.  A ordem vem de cima: É preciso celebrar para motivar!
De acordo com a administração por objetivos o raciocínio estaria perfeito. A mensagem que se passa nesta hora é um invariável: “Parabéns, continue assim!”

Nessa situação, muitos gestores acabam reforçando exatamente o comportamento que queriam evitar. É muito comum que, para atingir os resultados esperados pela organização, as pessoas ajam de forma insegura, colocando-se desnecessariamente em situações de risco, pulem etapas do processo, afrouxem controles e critérios de qualidade, e não raro, manipulem os números a seu favor.

A pergunta que não pode calar é: “Como estes resultados foram atingidos?”
Quando as empresas têm foco intensivo e exclusivo em resultados, o conceito de Performance pode ser perdido.

Performance= Comportamentos + Resultados

Performance significa: Comportamento ( o que e como alguém faz) + Resultado do comportamento.

Cuide da Jornada. O fim cuidará de si mesmo.

Está frase atribuída a Gandhi, traduzida para o universo organizacional significa: cuide do processo, o bom resultado virá como consequência.

Temos visto muitos processos de avaliação de desempenho de executivos e  colaboradores com foco exclusivo em indicadores de resultados. Todo um ciclo de planejamento estratégico, indicadores estratégicos, desdobramento de metas, avalições de desempenho periódicas e políticas de consequências magnificamente estruturados.

Quem olha para a jornada? Quem sabe  exatamente o que as pessoas estão fazendo para chegarem aos resultados?

Sabemos que aquilo que não é medido, não é gerenciado. E  sabemos como medir resultados através de indicadores.

Mas como medir e gerenciar o comportamento?

A tecnologia para isto existe. Implica em criar as condições necessárias para que o comportamento seja possível, observar as pessoas fazendo, acompanhar e fornecer feedback  eficaz, continuamente.

Implica também em ter os padrões comportamentais claramente definidos: o quê e como as pessoas devem fazer.

Entretanto, a maioria dos gestores é muito hábil em dizer o que não quer. E há uma grande dificuldade para expressar exatamente o que deseja ou precisa. O universo corporativo, de normas, procedimentos e regras de conduta, é carregado de NÃOS e de PROIBIDOS. É a diferença entre “Não pise na grama” e “Ande somente pela calçada”, entre limitar e fornecer alternativas.

Gerenciar indicadores de resultados funciona até certo ponto. Gerenciar performance (comportamento e indicadores) desenvolve verdadeiros campeões!

José Luís Fódra é consultor, diretor proprietário da Quadrantes Performance Humana e Organizacional, especialista em desenvolvimento de líderes, atua na implantação de Processos de Segurança Comportamental e de Liderança Efetiva em Segurança através da M&M Tecnologia Comportamental.

 

 


Estratégias para Objetivos

Facilitação Gráfica – Pensando Visualmente

 “Em qualquer tempo, qualquer um, em qualquer lugar:
resolvendo problemas através do uso de  imagens.”

Qualquer problema  pode se tornar claro por meio de uma imagem e qualquer imagem pode ser construída usando um conjunto simples de ferramentas e regras.

Pensar por meio de imagens pode ajudar a descobrir e desenvolver novas ideias, resolver problemas por caminhos inesperados e melhorar sensivelmente a habilidade de compartilhar percepções.

Mas por que usar técnicas de facilitação gráfica?

Porque nossa forma tradicional (e racional) de analisar problemas, que nos fez sobreviver e nos trouxe até aqui, criou no passado em nosso cérebro várias trilhas neuronais e conexões “seguras”. Diante de problemas novos, mas que guardam alguma semelhança com essas situações antigas, nosso sistema de alerta busca soluções usando essas velhas trilhas e conexões.

Os métodos visuais fazem com que, neurofisiologicamente,  a informação siga por trilhas diferentes das usuais. Nessas novas trilhas, descobrimos novos cenários e novas percepções, somos forçados a efetuar novas conexões e por isso chegamos mais perto de soluções criativas e inovadoras.

Pensando Visualmente

Desenhos podem ser simples

Exemplo facilitação gráfica

Entrevista de Seleção Curitiba 2012/05

 

A mão é ainda é melhor que o “mouse”

  1. Pessoas gostam de ver desenhos de outras pessoas
  2. Desenhos a mão livre são rápidos de criar e fáceis de alterar
  3. Computadores facilmente são usados para fazer certo o desenho errado.
  4. Por razões neurofisiológicas, desenhar à mão livre “solta mais” a mente.

A questão não é como fazer as melhores apresentações e sim quanto confortável estamos em pensar com nossos olhos.

Dan Roam descreve 03 tipos de pensadores visuais:

Black pen: pessoas que não conseguem esperar para começar a desenhar (Me dá a caneta!) – Empiricamente, representam 25% dos participantes de uma reunião.

Yellow pen: pessoas que ficam felizes por acrescentar algo ao trabalho dos outros (Eu não sei desenhar mas…) – Highlighters – Representam 50 % dos participantes da reunião.

Red pen: pessoas que questionam o pensamento visual até o momento que pegam uma caneta vermelha e redesenham tudo o que os outros fizeram. (Eu não sou uma pessoal visual…). Representam os 25% restantes dos participantes de uma reunião.

Representação Gráfica

Extraído de  Roan, Dan – The Back of the napkin: Solving problems and selling ideas with pictures – Portfolio / Penguim Group – New York, USA, 2008.

 


Mestre do Relacionamento

_ “Bom dia!”
Enquanto passava pela portaria rumo à minha jornada de trabalho, escutei a voz que parecia vir lá de longe dos meus pensamentos perdidos. Mas o que era aquilo? Quem dissera tal saudação?

Resolvi botar reparo e percebi o porteiro, Sr. Antonio, sorrindo e me olhando entrar.
Será que era a primeira vez? Será que ele sempre me cumprimentou e eu nunca escutei? Comecei a corar de vergonha, porque nunca foi minha intenção ser assim mal-educado… Será?
Abaixei a cabeça e segui envergonhado, sem olhar para trás.

Dia seguinte, já estou quase na portaria. Como um cão de guarda, vou me aproximando devagar, orelha em pé. “Vou tirar a prova!”, pensei comigo.
“Bom dia!”, disse seu Antonio, sorrindo. Comecei a calcular quantas vezes passei por este caminho desde que trabalho nesta instituição. Um ano, quase dois.
“Bom dia!”, respondi mais do que depressa. E para meu espanto, seu Antonio emendou: “Seja bem vindo, professor! Tenha um excelente dia de trabalho!”
Respirei fundo, sorri comigo mesmo. Meu bom dia de trabalho acabara de começar ali, quase na calçada.

Terminada a jornada, muito cansado como ficam os professores que se entregam de corpo e espírito ao ofício, estou saindo do prédio quando percebo seu Antonio me olhando fixamente.
“Até amanhã!”, disse eu, querendo mostrar que tinha aprendido a lição.
“Até amanha, professor!”, responde sorridente seu Antonio, “Tenha seu merecido descanso!”
Foi como se ele tirasse um peso das minhas costas. Comecei a descansar ali mesmo.

Então, percebi que seu Antonio era realmente muito melhor do que eu mesmo poderia ser…
Durante os dois anos que se seguiram, este passou a ser nosso ritual.
Seu Antonio, além de ótimo observador de pessoas, era um mestre do relacionamento humano!
E eu, professor, procurei aprender com o mestre…

José Luís Fódra é consultor, facilitador, atua em desenvolvimento humano. É diretor-proprietário da Quadrantes Performance Humana e Organizacional.


O que é Educação Experiencial?

circulo 2“Diga-me e eu esquecerei.
Mostre-me e eu posso me lembrar.
Envolva-me e eu vou entender.”

Provérbio Chinês

 

Muitos me perguntam: o que é Educação Experiencial?
Mesmo entre profissionais da área temos debatido bastante esta questão, por conta de alguns equívocos e distorções que temos visto no mercado da educação empresarial.

Fui buscar no site da AEE (American Association for Experiential Education) alguns “achados” que aqui apresento em livre tradução e com acréscimos de comentários meus.

O que é Educação Experiencial?

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A Educação Experiencial é uma filosofia
e uma metodologia de ensino-aprendizagem.

 

Nesta metodologia os educadores propositadamente se envolvem com os aprendizes na experiência direta e na reflexão orientada no sentido de aprimorar conhecimentos, desenvolver habilidades e clarificar valores.

O termo educação experiencial começou a ser utilizado a partir das experiências educacionais de Kurt Hanhn, fundador da OB – Outward Bound em 1941, quando ao treinar jovens no manejo de veleiros para lapidar-lhes o caráter, fez a diferenciação entre o que seria o treinamento pelo mar (aprendizado de vida proporcionado pela experiência de velejar) contrapondo-o ao treinamento para o mar (aprendizado operacional das tarefas necessárias para velejar).

Entretanto, duas décadas antes na França, Celestine Freinet já utilizava atividades que proporcionavam experiências diretas de aprendizagem aos seus alunos, como aulas-passeio no meio urbano e rural, confecção de jornal, livro da vida (“diário de bordo” da turma), assembleias para solução de problemas do cotidiano da classe, entre outras.

Podemos citar também as atividades desenvolvidas por Giovanni Bosco em seu Oratório para Jovens, em Turim a partir de 1844, que utilizava jogos, diversão e ensino de ofícios para atrair, recuperar e educar jovens marginalizados e desfavorecidos e que se transformou em uma das maiores obras sociais e educacionais em favor da juventude na atualidade.

Sabemos também que, na antiguidade clássica ocidental, a observação da natureza, a experimentação, a filosofia, o conhecimento e a prática eram uma coisa só: a busca de entender a existência humana.

Podemos então afirmar que, de certa forma, a educação pela experiência sempre existiu, mas quase não resistiu à escolástica pós-renascimento científico e ao tecnicismo pós- revolução industrial.

Quem pode ser Educador Experiencial?

Professores, monitores de acampamento, facilitadores de atividades, construtores de equipes corporativas, terapeutas, “practitioners” em eventos de desenvolvimento pessoais, educadores ambientais, guias, instrutores, treinadores, profissionais de saúde mental. . . e muito mais. Um Educador Experiencial é alguém que ensina através da experiência direta.

Quais são os princípios da Educação Experiencial?

Ao se refletir sobre os princípios da Educação Experiencial é fundamental ter em mente que:

1. A prioridade ou ordem em que cada profissional coloca esses princípios pode variar.
2. Não há nenhum termo que engloba todas as funções do participante-aprendiz no âmbito da Educação Experiencial. O termo “participante” que utilizei na tradução por ser mais próximo da realidade corporativa (no original, “learner”) inclui alunos, clientes, trainees, treinandos, etc
3. Não existe um termo único que engloba todas as funções do profissional dentro da Educação Experiencial. Portanto, o “educador” inclui terapeuta, facilitador, professor, treinador, médico, conselheiro, consultor, etc

Para os membros da AEE, os princípios comuns na prática da Educação Experiencial são:

* A aprendizagem experiencial ocorre quando experiências cuidadosamente escolhidas são suportadas pela reflexão, análise crítica e síntese.
* As experiências são estruturadas para incentivar o participante -aprendiz a tomar iniciativas, decidir e ser responsável pelos resultados.
* Durante o processo de aprendizagem experiencial, o participante está ativamente empenhado em fazer perguntas, investigar, experimentar, ser curioso, resolvendo problemas, assumindo a responsabilidade, sendo criativo e construindo significados.
* Os participantes estão engajados intelectualmente, emocionalmente, socialmente, “com sua essência” e/ou seu corpo físico. Este envolvimento produz a percepção de que a tarefa de aprendizagem é autêntica.
* Os resultados da aprendizagem são pessoais e formam a base para futuras experiências e novas aprendizagens.
* Relacionamentos são desenvolvidos e nutridos em três níveis: o participante consigo mesmo, com os outros participantes e com ambiente que o cerca.
* O educador e o participante podem ter uma experiência de sucesso, de fracasso, de aventura, de risco e incerteza, porque os resultados da experiência não podem ser totalmente previsíveis. – Qualquer que seja o resultado, sempre proporcionará aprendizado.
* Oportunidades são identificadas e alimentadas para que participantes e educadores possam explorar e analisar os seus próprios valores.
* A principal função do educador é estruturar experiências apropriadas que coloquem problemas, definindo limites, apoiando os participantes, garantindo a segurança física e emocional, facilitando o processo de aprendizagem.
* O educador reconhece e incentiva as oportunidades espontâneas para a aprendizagem.
* Os educadores se esforçam para estar ciente de seus vieses, julgamentos e preconceitos, e como estes influenciam o participante.
* O projeto da experiência de aprendizagem inclui a possibilidade de aprender com as conseqüências naturais dos erros e acertos.

Aristóteles disse a Alexandre, o Grande, há mais de 2.300 anos atrás:
“Para as coisas que temos de aprender antes que possamos fazê-las, aprendemos fazendo. Os homens se tornam construtores construindo, e tocadores de lira tocando a lira; assim também nós nos tornamos justos praticando atos de justiça, moderados agindo moderadamente, e corajosos fazendo atos de bravura. ”
ARISTÓTELES, Ética a Nicômacos

Sendo assim, digo que o caminho da Educação Experiencial se faz educando e experienciando e é nesta troca de percepções e experiências que seguiremos educando pela e para a vida.

Hoje sei que sou um Educador Experiencial e um vivente-aprendiz. E você?

Fonte: http://www.aee.org/about/whatIsEE

José Luís Fódra é consultor de empresas, diretor-proprietário da Quadrantes Performance Humana e Organizacional, usa a Educação Experiencial como umas das bases metológicas de seu trabalho e é parceiro-amigo de um grupo seleto de empresas de consultoria e de facilitadores experienciais que realmente são educadores: fazem a diferença para as empresas e para as pessoas com quem atuam.


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