O que é Educação Experiencial?

O que é Educação Experiencial?

circulo 2“Diga-me e eu esquecerei.
Mostre-me e eu posso me lembrar.
Envolva-me e eu vou entender.”

Provérbio Chinês

 

Muitos me perguntam: o que é Educação Experiencial?
Mesmo entre profissionais da área temos debatido bastante esta questão, por conta de alguns equívocos e distorções que temos visto no mercado da educação empresarial.

Fui buscar no site da AEE (American Association for Experiential Education) alguns “achados” que aqui apresento em livre tradução e com acréscimos de comentários meus.

O que é Educação Experiencial?

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A Educação Experiencial é uma filosofia
e uma metodologia de ensino-aprendizagem.

 

Nesta metodologia os educadores propositadamente se envolvem com os aprendizes na experiência direta e na reflexão orientada no sentido de aprimorar conhecimentos, desenvolver habilidades e clarificar valores.

O termo educação experiencial começou a ser utilizado a partir das experiências educacionais de Kurt Hanhn, fundador da OB – Outward Bound em 1941, quando ao treinar jovens no manejo de veleiros para lapidar-lhes o caráter, fez a diferenciação entre o que seria o treinamento pelo mar (aprendizado de vida proporcionado pela experiência de velejar) contrapondo-o ao treinamento para o mar (aprendizado operacional das tarefas necessárias para velejar).

Entretanto, duas décadas antes na França, Celestine Freinet já utilizava atividades que proporcionavam experiências diretas de aprendizagem aos seus alunos, como aulas-passeio no meio urbano e rural, confecção de jornal, livro da vida (“diário de bordo” da turma), assembleias para solução de problemas do cotidiano da classe, entre outras.

Podemos citar também as atividades desenvolvidas por Giovanni Bosco em seu Oratório para Jovens, em Turim a partir de 1844, que utilizava jogos, diversão e ensino de ofícios para atrair, recuperar e educar jovens marginalizados e desfavorecidos e que se transformou em uma das maiores obras sociais e educacionais em favor da juventude na atualidade.

Sabemos também que, na antiguidade clássica ocidental, a observação da natureza, a experimentação, a filosofia, o conhecimento e a prática eram uma coisa só: a busca de entender a existência humana.

Podemos então afirmar que, de certa forma, a educação pela experiência sempre existiu, mas quase não resistiu à escolástica pós-renascimento científico e ao tecnicismo pós- revolução industrial.

Quem pode ser Educador Experiencial?

Professores, monitores de acampamento, facilitadores de atividades, construtores de equipes corporativas, terapeutas, “practitioners” em eventos de desenvolvimento pessoais, educadores ambientais, guias, instrutores, treinadores, profissionais de saúde mental. . . e muito mais. Um Educador Experiencial é alguém que ensina através da experiência direta.

Quais são os princípios da Educação Experiencial?

Ao se refletir sobre os princípios da Educação Experiencial é fundamental ter em mente que:

1. A prioridade ou ordem em que cada profissional coloca esses princípios pode variar.
2. Não há nenhum termo que engloba todas as funções do participante-aprendiz no âmbito da Educação Experiencial. O termo “participante” que utilizei na tradução por ser mais próximo da realidade corporativa (no original, “learner”) inclui alunos, clientes, trainees, treinandos, etc
3. Não existe um termo único que engloba todas as funções do profissional dentro da Educação Experiencial. Portanto, o “educador” inclui terapeuta, facilitador, professor, treinador, médico, conselheiro, consultor, etc

Para os membros da AEE, os princípios comuns na prática da Educação Experiencial são:

* A aprendizagem experiencial ocorre quando experiências cuidadosamente escolhidas são suportadas pela reflexão, análise crítica e síntese.
* As experiências são estruturadas para incentivar o participante -aprendiz a tomar iniciativas, decidir e ser responsável pelos resultados.
* Durante o processo de aprendizagem experiencial, o participante está ativamente empenhado em fazer perguntas, investigar, experimentar, ser curioso, resolvendo problemas, assumindo a responsabilidade, sendo criativo e construindo significados.
* Os participantes estão engajados intelectualmente, emocionalmente, socialmente, “com sua essência” e/ou seu corpo físico. Este envolvimento produz a percepção de que a tarefa de aprendizagem é autêntica.
* Os resultados da aprendizagem são pessoais e formam a base para futuras experiências e novas aprendizagens.
* Relacionamentos são desenvolvidos e nutridos em três níveis: o participante consigo mesmo, com os outros participantes e com ambiente que o cerca.
* O educador e o participante podem ter uma experiência de sucesso, de fracasso, de aventura, de risco e incerteza, porque os resultados da experiência não podem ser totalmente previsíveis. – Qualquer que seja o resultado, sempre proporcionará aprendizado.
* Oportunidades são identificadas e alimentadas para que participantes e educadores possam explorar e analisar os seus próprios valores.
* A principal função do educador é estruturar experiências apropriadas que coloquem problemas, definindo limites, apoiando os participantes, garantindo a segurança física e emocional, facilitando o processo de aprendizagem.
* O educador reconhece e incentiva as oportunidades espontâneas para a aprendizagem.
* Os educadores se esforçam para estar ciente de seus vieses, julgamentos e preconceitos, e como estes influenciam o participante.
* O projeto da experiência de aprendizagem inclui a possibilidade de aprender com as conseqüências naturais dos erros e acertos.

Aristóteles disse a Alexandre, o Grande, há mais de 2.300 anos atrás:
“Para as coisas que temos de aprender antes que possamos fazê-las, aprendemos fazendo. Os homens se tornam construtores construindo, e tocadores de lira tocando a lira; assim também nós nos tornamos justos praticando atos de justiça, moderados agindo moderadamente, e corajosos fazendo atos de bravura. ”
ARISTÓTELES, Ética a Nicômacos

Sendo assim, digo que o caminho da Educação Experiencial se faz educando e experienciando e é nesta troca de percepções e experiências que seguiremos educando pela e para a vida.

Hoje sei que sou um Educador Experiencial e um vivente-aprendiz. E você?

Fonte: http://www.aee.org/about/whatIsEE

José Luís Fódra é consultor de empresas, diretor-proprietário da Quadrantes Performance Humana e Organizacional, usa a Educação Experiencial como umas das bases metológicas de seu trabalho e é parceiro-amigo de um grupo seleto de empresas de consultoria e de facilitadores experienciais que realmente são educadores: fazem a diferença para as empresas e para as pessoas com quem atuam.


Investindo no Comportamento Seguro para a Prevenção de Acidentes

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O Processo de Segurança Comportamental  é a mais atual abordagem em Segurança do Trabalho e Prevenção de Acidentes.
Traz para o Brasil e para toda a América Latina a tecnologia BBS (Behavior Based Safety).
É eficaz e inteligente porque:

• É um processo (contínuo) e não um programa pontual;
• O foco é no comportamento seguro;
• Racionaliza e maximiza os investimentos e recursos da organização;
• Cria um clima positivo e mantém o ambiente motivacional;
• Desenvolve as pessoas;
• Faz com que as pessoas se apropriem da sua Segurança e, por tudo isso, gera resultados comprovados!

Mas como isso acontece?

Nos programas tradicionais de prevenção de acidentes o foco é na gestão dos incidentes e acidentes ocorridos. Todos os esforços e recursos são concentrados em eliminar condições inseguras e comportamentos de risco. Teoricamente, tudo certo.
Na prática as coisas não funcionam bem. Este tipo de abordagem é eficiente até determinado patamar. A partir daí, o processo fica estagnado ou, muitas vezes, a frequência de incidentes e acidentes volta a aumentar.

Onde está o problema? E, qual é a solução?

O problema é que segurança é comportamento.

A abordagem tradicional acaba focando no erro, nos desvios, no comportamento que não é o desejado. As auditorias e rondas de segurança muitas vezes assumem caráter fiscalizador e punitivo. Incidentes e acidentes não são reportados para não comprometer os indicadores.

A solução: fazer a gestão do comportamento seguro.

Em um processo de segurança comportamental utiliza-se a tecnologia comportamental (abordagem científica sobre comportamento) para aumentar significativamente a frequencia dos comportamentos seguros. O foco é no acerto, no comportamento seguro requerido, através de observação treinada e feedbacks positivos. Faz-se a gestão do clima organizacional através de intervenções precisas na cultura e do preparo das lideranças para atuarem nesta nova abordagem. É um processo de melhoria contínua e o que é ainda melhor: a gestão está na mão dos próprios participantes (colaboradores).

Os (bons) resultados começam a aparecer rapidamente.

José Luís Fódra é consultor, diretor proprietário da Quadrantes Performance Humana e Organizacional e atua em segurança comportamental também pela M&M Tecnologia Comportamental em Segurança.


Por que “Quadrantes”?

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O nome Quadrantes foi inspirado numa canção da cantora e compositora carioca Joyce Moreno.

Esta música traz o arquétipo do número Quatro como símbolo da totalidade do universo, da natureza e da essência humana.

O ser humano, na sua necessidade de explicar o mundo, criou intuitivamente vários sistemas baseados em quadrantes como se o Quatro pudesse abarcar toda a diversidade da existência.

Teoria X-Y, Liderança Situacional, Grid Gerencial, Análise SWOT, Janela de Johari, Mapeamento Cerebral, MBTI®, DISC®, são alguns exemplos de sistemas no campo da administração e do comportamento estruturados em quadrantes.

Todo ser ocupa um lugar único no mundo e esse lugar pode ser definido por uma coordenada (latitude e longitude), facilmente localizável via GPS, determinado assim uma cruz e seus quadrantes. À frente, está o futuro. Atrás, seu passado. As lateralidades esquerda e direita, representando suas opções de escolhas e seus relacionamentos.

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Quadrantes
(Joyce – Albúm: Saudades do Futuro – 1985)

Tudo é um, tudo é exato,
Tudo é infinitamente quatro

Como as luas, como as estações,
Como os elementos, como as gerações,
Como os quatro pontos cardeais
Como as quatro pontas de uma cruz
Como os quatro evangelhos de Jesus

Como a quadratura do Sol que banha
os quatro membros do meu corpo
Em cada quadrante adivinhar o outro
Como a quadratura do Sol que banha
os quatro cantos desse mundo torto
Em cada quadrante adivinhar o outro

Em cada quadrante adivinhar
Que tudo é um, tudo é exato.
Tudo é infinitamente quatro.

 


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