Mestre do Relacionamento

Mestre do Relacionamento

_ “Bom dia!”
Enquanto passava pela portaria rumo à minha jornada de trabalho, escutei a voz que parecia vir lá de longe dos meus pensamentos perdidos. Mas o que era aquilo? Quem dissera tal saudação?

Resolvi botar reparo e percebi o porteiro, Sr. Antonio, sorrindo e me olhando entrar.
Será que era a primeira vez? Será que ele sempre me cumprimentou e eu nunca escutei? Comecei a corar de vergonha, porque nunca foi minha intenção ser assim mal-educado… Será?
Abaixei a cabeça e segui envergonhado, sem olhar para trás.

Dia seguinte, já estou quase na portaria. Como um cão de guarda, vou me aproximando devagar, orelha em pé. “Vou tirar a prova!”, pensei comigo.
“Bom dia!”, disse seu Antonio, sorrindo. Comecei a calcular quantas vezes passei por este caminho desde que trabalho nesta instituição. Um ano, quase dois.
“Bom dia!”, respondi mais do que depressa. E para meu espanto, seu Antonio emendou: “Seja bem vindo, professor! Tenha um excelente dia de trabalho!”
Respirei fundo, sorri comigo mesmo. Meu bom dia de trabalho acabara de começar ali, quase na calçada.

Terminada a jornada, muito cansado como ficam os professores que se entregam de corpo e espírito ao ofício, estou saindo do prédio quando percebo seu Antonio me olhando fixamente.
“Até amanhã!”, disse eu, querendo mostrar que tinha aprendido a lição.
“Até amanha, professor!”, responde sorridente seu Antonio, “Tenha seu merecido descanso!”
Foi como se ele tirasse um peso das minhas costas. Comecei a descansar ali mesmo.

Então, percebi que seu Antonio era realmente muito melhor do que eu mesmo poderia ser…
Durante os dois anos que se seguiram, este passou a ser nosso ritual.
Seu Antonio, além de ótimo observador de pessoas, era um mestre do relacionamento humano!
E eu, professor, procurei aprender com o mestre…

José Luís Fódra é consultor, facilitador, atua em desenvolvimento humano. É diretor-proprietário da Quadrantes Performance Humana e Organizacional.


Como pedir um aumento a seu chefe

superinteressante_capa_282Veja “manual” publicado na Superinteressante sobre o tema, por André Bernardo, a partir de contribuição minha e de vários profissionais da área.
http://super.abril.com.br/cotidiano/como-pedir-aumento-598595.shtml

Leia também abaixo a matéria escrita por Glau Gasparetto, com minha consultoria, e divulgada em vários sites da internet (Blog do malagueta, Mdemulher.abril.com.br, Viva!Mais, e outros)

Dicas para você negociar um aumento de salário com seu chefe com sucesso

Por Glau Gasparetto

Qual o momento certo para pedir aumento?

Comece analisando o contexto: situação do mercado, da empresa e a sua. Avalie como anda o humor da chefia. Lembre-se de que é muito mais fácil falar de aumento em período de bons resultados, seja na economia do país, na firma ou em seus próprios projetos e desafios.

Como abordar o chefe?

Tente imaginar como você gostaria de ser abordada sobre essa questão, mas, em geral, evite rodeios. Marque uma conversa num horário em que não haverá interrupções. Se ele perguntar qual é o assunto, dê uma resposta genérica, como: ”É sobre meu trabalho”. E deixe para expor o restante depois.

Qual o melhor argumento?

Resultados. Detenha-se em suas realizações e no seu potencial para fazer ainda mais pela empresa.

Evite comparações com outros profissionais, com colegas que ”ganham mais e fazem menos”. Comparações, aliás, só se forem em relação à você mesma, para analisar sua evolução e desenvolvimento.

Se o salário está defasado em relação ao mercado e você tem dados consistentes e confiáveis, pode apresentá-los para reforçar seus argumentos.

Como a pessoa tímida pode se sair bem?

Prepare bem sua argumentação. Escreva-a, se for necessário. Trabalhe o lado emocional antes – uma boa técnica são exercícios de respiração –, buscando aumentar sua autoconfiança. Seja simples e objetiva, mas firme, serena e direta.

Deve-se ter em mente qual valor de aumento pedir?

Sim, a não ser que a empresa tenha um plano com patamares definidos de evolução salarial. Neste caso, respeite-o. Seja flexível e esteja aberta para negociações.

Se ouvir um “não”, como reagir?

Sempre agradeça a oportunidade. Busque saber os motivos, ouça-os atentamente e procure ter certeza de ter entendido os argumentos apresentados. Procure reavaliar-se e analisar toda a situação. Você pode chegar à conclusão de que ainda não era o seu momento ou que, realmente, esta não é a empresa para você trabalhar e se desenvolver – o que significa começar a preparar e planejar algumas mudanças em sua vida.

Depois do ”não”, quando tocar no assunto de novo?

Depende do que foi dito, se algum prazo foi mencionado ou da forma como o chefe recebeu o pedido. Em geral, deixe a poeira baixar e volte à carga após dois ou três meses. Com novos argumentos e relembrando os anteriores.

O que conta pontos?

Apresentar fatos e resultados, mantendo postura calma, coerente, equilibrada, sabendo falar e ouvir. Mas como estamos diante de uma relação com chefia, inicie e termine a conversa dando pitadinhas de submissão, reconhecendo seu lugar na hierarquia e aceitando as decisões, sem bater de frente.

O que queima o filme?

Não ter resultados para apresentar, discutir e mostrar-se muito insegura, crítica ou revoltada.

Colocar-se no papel de vítima é ruim, bem como utilizar chantagem emocional a partir de situações ou problemas particulares (dificuldades econômicas como argumento, por exemplo).

Consultoria: José Luís Fódra, psicólogo da Inter&Ação Desenvolvimento Humano


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